03 novembro 2006

Tempo de Amor


Ah, bem melhor seria
Poder viver em paz
Sem ter que sofrer
Sem ter que chorar
Sem ter que querer
Sem ter que se dar

Mas tem que sofrer
Mas tem que chorar
Mas tem que querer
Pra poder amar

Ah, mundo enganador
Paz não quer mais dizer amor

Ah, não existe coisa mais triste que ter paz
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais

O tempo de amor
É tempo de dor
O tempo de paz
Não faz nem desfaz

Ah, que não seja meu
O mundo onde o amor morreu

Baden Powell e Vinicius de Moraes






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1 comentário:

Anónimo disse...

Querida iké, veio a propósito este poema do segundo período do colossal monumento ao sentido mais bonito do humanismo e da partilha que é a obra de Vinicius de Moraes.
É imperdível -mesmo que tenha um defeito ligeiramente apequenador- o documentário de 2005 sobre Vinicius de Moraes que temos já há uma semana nas nossas salas de Coimbra...
Um osculinho de agradecimento, com vénia admiradora...