26 julho 2006

Only You


Only you
Can make me feel
The world can disappear

Only you
Make my heart heal
And make it oh so clear

We can talk in circles
Going round in a million ways
And never understand

Cause our words are whispers
Hidden up in a distant haze
Like diamonds next to sand

I don’t even know
What it’s all about
But I get all blissed out
And then I know it’s only you

Salvador Poe
in Lisa Ekdahl, sings Salvadore Poe

25 julho 2006

Hey you


Hey you, out there in the cold
Getting lonely, getting old
Can you feel me?
Hey you, standing in the aisles
With itchy feet and fading smiles
Can you feel me?
Hey you, dont help them to bury the light
Don't give in without a fight.

Hey you, out there on your own
Sitting naked by the phone
Would you touch me?
Hey you, with you ear against the wall
Waiting for someone to call out
Would you touch me?
Hey you, would you help me to carry the stone?
Open your heart, I'm coming home.

But it was only fantasy.
The wall was too high,
As you can see.
No matter how he tried,
He could not break free.
And the worms ate into his brain.

Hey you, out there on the road
always doing what you're told,
Can you help me?
Hey you, out there beyond the wall,
Breaking bottles in the hall,
Can you help me?
Hey you, don't tell me there's no hope at all
Together we stand, divided we fall.

Pink Floyd

23 julho 2006



foto: iké

21 julho 2006


Gosto quando pegamos nas peças do puzzle e juntamos cada bocadinho com toda a perfeição e carinho. Uma a uma as peças vão encaixando até formarem a imagem completa. No fim saboreio o resultado com uma satisfação de menina. É indescritível o prazer que me dá tal conquista. E sei que não vale a pena mantermos o puzzle construído por muito tempo. Sabe sempre bem juntar de novo as peças que se vão soltando. Uma a uma outra vez, mas não necessariamente pela mesma ordem, nem com a mesma estratégia. Temos a liberdade de escolher. Temos a liberdade de experimentar.

Renasço cada vez que damos um sentido bonito ao enigma. Nestes momentos sou feliz. Muito feliz. Afinal, cada um destes puzzles se transforma numa peça do puzzle maior que vou construindo - a minha vida.

15 julho 2006

A propósito de Uma espia na casa do amor #3


REFLECTIR

Porque é que as pessoas, homens e mulheres, são capazes de mentir desalmadamente a quem os poderá amar verdadeiramente? Falo dos mentirosos com bom coração, os que ocultam a verdade. E que ao proceder deste modo, pensam que estão a fazer o melhor para a pessoa a quem, na verdade, mentem.

Há pessoas que têm medo de amar, medo de se entregar por completo. Mas, a solução não é a mentira. Não sei qual será o caminho, mas tenho a certeza que a mentira não é.

Como é que se pode viver com alguém, ou partilhar o dia a dia com alguém, que não conhece todos os nossos medos?

A uma conclusão chego, quem vive assim uma vida de mentira, um dia, vai perceber que não tem vida. Não constrói nada, está constantemente a fugir de algo. A adiar o inadiável. Como acontece na história da Anaïs Nin, há-de ser seguido por um detector de mentiras imaginário, que o sufocará até quase à morte. Nem que seja por perceber que além de estar a andar com a sua vida para trás, poderá estar também a destruir a vida de alguém.

O ideal será viver um momento de cada vez com toda a sinceridade possível, construir passo a passo a nossa vida. Lembrarmo-nos que não vivemos sozinhos no mundo. A verdade acima de tudo. Deixar as promessas para os peregrinos que caminham todos os meses em direcção a Fátima.

Não será assim?

A propósito de Uma espia na casa do amor #2


INTERPRETAR

O livro despertou-me bastante interesse logo desde o primeiro parágrafo. Outra sentimento meu não seria de esperar uma vez que se trata da Anaïs Nin. Despertei o meu interesse por esta escritora desde que vi pela primeira vez o filme Henry and June, há muito e muitos anos atrás.

Li com todo o entusiasmo a vida da mulher que se dizia uma espia na casa do amor. Não me desliguei da história enquanto não chegaram as últimas páginas. E confesso que fiquei um pouco confusa quando cheguei ao fim. Talvez porque estou sempre à espera de um princípio, meio e fim, mas não necessariamente por esta ordem – gosto de perceber a ideia que está a ser transmitida. Talvez por isso esteja agora a escrever estas palavras, sinto necessidade de chegar a um fim.

O livro é genial, a forma como está escrito é maravilhosa. Não há uma ordem bem definida, vão-se descrevendo momentos que vão permitindo conhecer a personagem principal. O leitor acaba por ser convidado a reflectir sobre a vida daquela mulher, e a tirar ilações sobre o porquê das suas atitudes. De referir ainda a forma como a autora consegue acompanhar a história com música, parece que estamos a assistir a uma peça de teatro.

Contudo, fiquei sem perceber se realmente a verdadeira razão de ela viver a vida com várias mentiras condenáveis pela sociedade, era por falta de amor. Quer dizer, por falta de amor não era pois amor tinha ela muito – o amor que alguns dos seus amantes sentiam por ela, o amor do marido. Mas no final do livro fala-se de ela não saber o que é amar. Fala-se de uma barreira que ela cria, nunca faz por conhecer verdadeiramente os homens com quem está, fica-se pela satisfação do desejo, nada mais. Ela nunca explora a parte do amar alguém. Fica no ar se ela tem esta atitude numa tentativa de se proteger de algo. Talvez um amor do passado, a quem ela se tenha entregue verdadeiramente, a tenha ferido. Ou desiludido. O amor desiludiu-a. O amor dos pais também a desiludiu, a infância desiludiu-a. A imagem que ela tem do homem - livre para mentir; e da mulher – passiva em relação às mentiras do homem, são o reflexo da relação dos pais.

A propósito de Uma espia na casa do amor #1


RESUMIR

Tinha 30 anos, a mulher da história. E era casada há 10 com alguém que a amava profundamente, alguém que lhe transmitia calma. Quando ela resolvia voltar para casa sabia que ele estava lá à espera dela de braços abertos. Ele amava a mulher que na realidade já não existia.

A mulher. Todos os amores que tinha durante as viagens que fazia, na verdade aventuras e não amores, justificava-os com a sua procura pela liberdade. Sentia-se incapaz de sobreviver à prisão que acompanha as vidas comuns. Na verdade, as viagens eram fruto da sua imaginação, inventava histórias que pareciam bastante verosímeis aos olhos do marido. Ele parecia acreditar e estava sempre lá quando ela se desligava do seu verdadeiro eu, ou dos seus verdadeiros eus e regressava para o mundo onde se sentia protegida.

12 julho 2006


Quando os seus corpos ainda palpitantes ficavam estendidos lado a lado, havia sempre um silêncio, e nesse silêncio cada um deles começava a tecer fios separados, a desligar o que tinha estado unido, a devolver a cada um o que, por um momento, fora partilhado igualmente.

in Uma espia na casa do amor – Anaïs Nin

11 julho 2006

stress, muito stress #4


A menina precisa de descansar. Ou talvez não. A menina talvez necessite de soltar toda a energia que a agita por dentro. A menina tem raiva de tudo. A menina não é feliz.

Ela às vezes compreende tudo. Fica calma e adormece. Mas ultimamente anda impossível de aturar. Parece ter voltado à fase dos porquês, acrescida de uma fase de para quês. Sorrir? Porquê? Para quê?

Infelizmente, só eu a compreendo. O que não ajuda nada, só complica...

stress, muito stress #3




infusão

foto: iké

stress, muito stress #2




limonada

foto: iké

stress, muito stress #1




groselha

foto: iké

08 julho 2006

As minhas férias


1ª Fase

Fichas
Exames

Reuniões
Inquitações

Actas
Sumários


2ª Fase

Flows
Endomorphisms
Rotations
Invariants
Antisymmetries
Subblundles


07 julho 2006


(...) As minhas histórias não têm fim. Um ponto de vista muda a todo o momento. A realidade muda. Ela é relativa.

in DIÁRIO, Vol. IV (1944-1947) – Anaïs Nin




Ela abriu os olhos para contemplar a alegria penetrante da sua libertação: era livre, livre como o homem, para sentir prazer sem amar.

in
Uma espia na casa do amor - Anaïs Nin

foto: iké

04 julho 2006

Coimbra do Avô-Pincel




foto: iké

02 julho 2006

Parabéns mamã minha!



Às tuas cavalitas, ao teu colo ou simplesmente ao teu lado, quero caminhar sempre contigo!! Muitos e muitos parabéns doce mamã!




Mamã, mamã, vem acordar-me! – gritava eu de manhã e só saía da cama depois dos teus beijinhos. Deliciosos mimos!

Beijinhos para guardares na gaveta...
Eu acreditava que a quantidade enorme de beijinhos, que te deixava de manhã antes de ires trabalhar, ficavam mesmo guardados lá na gaveta do escritório... Imaginava-te a ir à gaveta durante o dia buscar os beijinhos. E a eles, aos beijinhos, imaginava-os saltitantes e inquietos por saírem cá para fora.

Adorei!




Junto com a voz que tanto encanta somos presenteados com todas aquelas expressões com sabor a Mariana. A vida que ela dá às músicas que interpreta!

É tão linda!

foto: iké