22 maio 2006

A rosa


Teve um desejo irracional de sentir o perfume da rosa. A flor que não era para ela, veio parar-lhe às mãos. Ficou tão feliz. Viajou por instantes.

No mesmo local, num dia já distante e talvez a uma hora mais tardia, recebera uma rosa. Uma outra rosa. E esta sim era para ela. E cada pétala tinha um beijinho. A originalidade com que as pétalas alcançavam a palma das suas mãos, encantava-a. Guardou as pétalas e os respectivos beijinhos na caixa das recordações.

Foi irracional. Oferecer-se para ficar com a rosa, que a amiga parecia não querer aceitar. Inconscientemente queria relembrar. O perfume e os beijinhos. Os beijinhos que há muito fugiram...

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