Lá está ela a espreitar. Ainda tímida nesta fase, mas pronta para se soltar! :-)
22 dezembro 2006
20 dezembro 2006
17 dezembro 2006
Adagiando
4
Cortar rente
a planta
e o amor doente
Se seiva houver
hão-de brotar
outros
e os mesmos
(...)
14
Sofrer
faz sempre
crescer
------------------a decepção
------------------é que
------------------não
15
Só quando
a si
se tem
-----------------o ser
-----------------se pode
-----------------dar
até
ao último
suspiro
16
Só quando
consigo
se encontrar
--------------------o ser
--------------------será
--------------------quem é
o ser
será
só seu
--------------------isto é:
se pode
dar
porque
se pertenceu
(...)
19
O coração
só se sente
se está doente
----------------------Se está aqui
----------------------ao pé de ti
----------------------suspira
----------------------e sorri
(...)
24
Tudo o que
existe
rima com triste
Tudo o que
é vida
rima
com ferida
Tudo o que
foi
rima
com dói
Adagiário, em A fímbria da fala Teresa Rita Lopes
publicado pela iké eram 3:29 da manhã 0 comentários
15 dezembro 2006
13 dezembro 2006
O mais-que-perfeito
Ah, quem me dera ir-me
---Contigo agora
Para um horizonte firme
---(Comum, embora...)
Ah, quem me dera ir-me!
Ah, quem me dera amar-te
---Sem mais ciúmes
De alguém em algum lugar
---Que não presumes
Ah, quem me dera amar-te!
Ah, quem me dera ver-te
---Sempre ao meu lado
Sem precisar dizer-te
---Jamais: cuidado...
Ah, quem me dera ver-te!
Ah, quem me dera ter-te
---Como um lugar
Plantado num chão verde
---Para eu morar-te
Morar-te até morrer-te...
Vinicius de Moraes
publicado pela iké eram 10:55 da tarde 0 comentários
10 dezembro 2006
...
- Amo-te, insistiu ele.
- Eu não. Respondeu ela.
- E se nos voltarmos a encontrar? Perguntou ele.
- Eclipses, nada mais. Respondeu a lua ao sol.
Jorge Serafim
publicado pela iké eram 10:41 da tarde 2 comentários
08 dezembro 2006
just because the sky turned from gray into blue
good friday, CocoRosie - La maison de mon rêve
publicado pela iké eram 8:51 da tarde 1 comentários
06 dezembro 2006
vamos bailar...
dia 7 na Figueira da Foz, dia 8 em Aveiro, dia 9 em Coimbra e dia 10 em Leiria
www.rodobalho.com
publicado pela iké eram 1:58 da tarde 0 comentários
05 dezembro 2006
24 novembro 2006
18 novembro 2006
03 novembro 2006
Tempo de Amor
Ah, bem melhor seria
Poder viver em paz
Sem ter que sofrer
Sem ter que chorar
Sem ter que querer
Sem ter que se dar
Mas tem que sofrer
Mas tem que chorar
Mas tem que querer
Pra poder amar
Ah, mundo enganador
Paz não quer mais dizer amor
Ah, não existe coisa mais triste que ter paz
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais
O tempo de amor
É tempo de dor
O tempo de paz
Não faz nem desfaz
Ah, que não seja meu
O mundo onde o amor morreu
Baden Powell e Vinicius de Moraes
imagens
publicado pela iké eram 6:52 da tarde 1 comentários
01 novembro 2006
30 outubro 2006
Clave de Lua
publicado pela iké eram 12:30 da manhã 1 comentários
29 outubro 2006
27 outubro 2006
Avó Min(h)a
Minha querida avó-mina, para ti que delineaste a iké, um grande beijinho!
foto de 8 de Janeiro de 1978
publicado pela iké eram 6:07 da tarde 2 comentários
24 outubro 2006
Lá em baixo
Lá em baixo ainda anda gente
apesar de ser tão noite
há quem tema a madrugada
e no escuro se afoite
há quem durma tão cansado
nem um beijo os estremece
de manhã acordarão
para o que não lhes apetece
e há quem imite os lobos
embora imitando gente
há quem lute e ao lutar
veja o mundo a andar para a frente
E tu Maria diz-me onde andas tu
qual de nós faltou hoje ao rendez-vous
qual de nós viu a noite
até ser já quase de dia
é tarde, Maria
toda a gente passou horas
em que andou desencontrado
como à espera do comboio
na paragem do autocarro
Lá em baixo ainda anda gente
apesar de ser tão tarde
há quem cresça no escuro
e do dia se resguarde
há quem corra sem ter braços
para os braços que os aceitam
e seus braços juntos crescem
e entrelaçados se deitam
e a manhã traz outros braços
também juntos de outra forma
de quem luta e ao lutar
a si mesmo se transforma
E tu Maria diz-me onde andas tu
qual de nós faltou hoje ao rendez-vous
qual de nós viu a noite
até ser já quase de dia
é tarde, Maria
toda a gente passou horas
em que andou desencontrado
como à espera do comboio
na paragem do autocarro
Lá em baixo ainda há quem passe
e um sonho que anda à solta
vem bater à minha porta
diz a senha da revolta
vou plantá-lo e pô-lo ao sol
até que se recomponha
é um sonho que acordado
vale bem quem ele sonha
lá em baixo, até já disse
que é que tem a ver comigo
e no entanto sobressalto
se me batem ao postigo
E tu Maria diz-me onde andas tu
qual de nós faltou hoje ao rendez-vous
qual de nós viu a noite
até ser já quase de dia
é tarde, Maria
toda a gente passou horas
em que andou desencontrado
como à espera do comboio
na paragem do autocarro
Lá em baixo ainda anda gente
e uma cara desconhecida
vai abrindo no escuro
uma luz como uma ferida
como a luz que corre atrás
da corrida de um cometa
e vejo vales e valados
no sopé duma valeta
lá em baixo ainda anda gente
e uma cara conhecida
vai ateando noite fora
um incêndio na avenida
És tu Maria, eu sei, já sei, és tu
qual de nós faltou hoje ao rendez-vous
qual de nós viu a noite
até ser já quase de dia
é tarde, Maria
toda a gente passou horas
em que andou desencontrado
como à espera do comboio
na paragem do autocarro
Sérgio Godinho
publicado pela iké eram 3:32 da tarde 0 comentários
18 outubro 2006
13 outubro 2006
12 outubro 2006
Onde ir
Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei para onde ir
Eu não sei por que moro ali
Eu não sei por que estou
Eu não sei para onde a gente vai
Andando pelo mundo
Eu não sei para onde o mundo vai
Nesse breu vou sem rumo
Só sei que o mundo vai de lá pra cá
Andando por ali
Por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem
Cada um sabe dos gostos que tem
Suas escolhas, suas curas
Seus jardins
De que adianta a espera de alguém?
O mundo todo reside
Dentro, em mim
Cada um pode com a força que tem
Na leveza e na doçura
De ser feliz
Vanessa da Mata
publicado pela iké eram 11:09 da tarde 0 comentários
06 outubro 2006
as coisas
As coisas têm peso,
massa,
volume,
tamanho,
tempo,
forma,
cor,
posição,
textura,
duração,
densidade,
cheiro,
valor,
consistência,
profundidade,
contorno,
temperatura,
função,
aparência,
preço,
destino,
idade,
sentido.
As coisas não têm paz.
Arnaldo Antunes
publicado pela iké eram 1:35 da manhã 0 comentários
04 outubro 2006
01 outubro 2006
28 setembro 2006
27 setembro 2006
24 setembro 2006
22 setembro 2006
Rugas
Rugas...
Já começo a ter as primeiras rugas
Rugas...
Começam-me a nascer as primeiras rugas
Rugas de chorar
Rugas de sorrir
Rugas de cantar
Começo a franzir
Rugas de chorar
Rugas de sorrir
Rugas de cantar
Rugas de sentir
Rugas...
Rugas...
Já começo a ter as primeiras rugas
Rugas...
Começam-me a nascer algumas rugas
Rugas de chorar
Rugas de sorrir
Rugas de cantar
Começo a franzir
Rugas de chorar
Rugas de sorrir
Rugas de cantar
Rugas de sentir
Rugas...
António Variações
in Humanos
publicado pela iké eram 3:20 da manhã 0 comentários
21 setembro 2006
elos
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