Dilúvio
t r e j e i t o s
22 fevereiro 2024
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12 outubro 2012
Celina da Piedade - "Disse-te Adeus" (Em Casa 2012)
Disse-te adeus não me lembro
Em que dia de Setembro
Só sei que era madrugada
A rua estava deserta
E até a lua discreta
Fingiu que não deu por nada
Sorrimos à despedida
Como quem sabe que a vida
É nome que a morte tem
Nunca mais nos encontrámos
E nunca mais perguntámos
Um pelo outro a ninguém
Que memória ou que saudade
Contará toda a verdade
Do que não fomos capazes
Por saudade ou por memória
Eu só sei contar a história
Da falta que tu me fazes
publicado pela iké eram 4:29 da manhã 0 comentários
29 agosto 2011
23 agosto 2011
Clarice Lispector
Clarice Lispector | A paixão segundo G. H., 1964
publicado pela iké eram 1:21 da manhã 0 comentários
11 junho 2010
Não te analises (...)
Não te analises.
Não procures no perfume das flores
a tempestade das raízes.
Nem queiras
desatar o fumo
do carvão das fogueiras.
Ama
com ossos de cinza
e cabelos de chama.
E deixa-te viver
Em rio a correr…
José Gomes Ferreira | Poeta Militante II, 1978
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10 abril 2010
Amigo mêêêêê coração?
bilhete que acompanha o prato pintado com duas rosas pelo avô-pincel e que foi oferecido à iké num dia de aniversário
publicado pela iké eram 12:29 da manhã 1 comentários
bem sei
publicado pela iké eram 12:24 da manhã 1 comentários
24 janeiro 2010
Dia a dia
Dia
a
dia
noite
a
noite
pedra
a
pedra
palha
a
palha
tronco
a
tronco
cuspo
a
cuspo
gesto
a
gesto
passo
a
passo
flor
a
flor
se faz um ninho
um caminho
um amor
Teresa Rita Lopes | Cicatriz
publicado pela iké eram 10:42 da tarde 0 comentários
18 janeiro 2010
A flor
"A flor máis grande do mundo" de Juan Pablo Etcheverry, 2006
publicado pela iké eram 10:50 da tarde 1 comentários
11 janeiro 2010
mudança de estado
Coração Tão Branco | Javier Marías
publicado pela iké eram 12:19 da manhã 0 comentários
27 dezembro 2009
apenas se compreende uma fracção do significado
17 de Maio de 1946
Querida Anaïs,
Sim, ao escrever aquele guião, soube enfim que não iria ser necessário enviá-lo, mas tive de o escrever antes que o conseguisse ver claramente. Quando te rendes, o problema deixa de existir. Se tentares resolvê-lo, ou conquistá-lo, só aumentarás a resistência. Agora, estou bastante certo de que, como disse lá, se me tornar realmente naquilo que quero ser, o fardo desaparecerá. O mais difícil de admitir, e conceber com todo o nosso ser, é que sozinhos não controlamos nada. Sermos capazes de nos colocarmos em sintonia, ou no mesmo ritmo, com as forças superiores, que são as que operam verdadeiramente, essa é a tarefa – e a solução, se pudermos falar de “soluções”. O sentimento de culpa é, como ambos concordamos, baseado no conhecimento real de não estarmos a entregar-nos completamente. Disse-o de uma maneira, tu de outra.
Uma coisa que não me preocupa, contudo, é o que as pessoas pensam, como interpretam mal as coisas. Nada há que se possa fazer quanto a isso. Foi muito interessante ler as tuas palavras sobre “apenas se compreende uma fracção do significado”. Mas aí acho que estás parcialmente correcta. O que me surpreende cada vez mais é o quanto as pessoas conseguem de facto compreender quando se abre o jogo completamente, quando nada se omite. [...]
E há mais – é imperativo deixar o outro afundar-se no desespero, ficar irremediavelmente perdido. Só então estará preparado para a palavra certa, só então se poderá servir da verdade. E, nessas circunstâncias, omitir é um crime. Mas embalá-lo é um crime ainda pior. E esse é o cerne do problema, esse ponto. O instinto humano de poupar o outro à agonia (que é a sua forma de redenção, em qualquer sentido da palavra) é um instinto falacioso. E aqui depara-se uma teia de tentações subtis, perversas, perniciosas. Este nível, a que chamamos humano, é regido pelo ego – muitas vezes disfarçado das formas mais incríveis. A tentação de sermos bons, de fazermos o bem, acaba por afligir-nos a todos, de uma forma ou de outra. É o último recurso do ego.
És a única pessoa que conheço que soube usar o silêncio de forma eficaz. Às vezes era devastador, mas não creio que tivesses consciência disso. A verdade é que as pessoas obtinham mais respostas (respostas eficazes) de ti do que alguma vez obtiveram de mim, com os meus gritos e espalhafato, ou com a minha docilidade e persuasão. Tu restituíste-lhes a sua dignidade. Agora, ter plena consciência de o estar a fazer é diferente. Nunca tive a certeza de que a tinhas. Tinha-la, de facto?
No entanto, sei que a agitação e alvoroço que gero, até à distância, vem de mim. Sei-o. [...]
Cartas de Amor | Anaïs Nin & Henry Miller
Fotografia da Anaïs Nin obtida aqui
Fotografia do Henry Miller obtida aqui
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